quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O início do meu amor pelas palavras.



Eu descobri que era cronista no dia em que estava irritada, chateada e cansada, que não conseguia dormir, não conseguia parar de pensar. Então, peguei um papel branco e liso, escrevi com aspereza tudo que precisava soltar naquele momento. Depois disso consegui dormir.
Descobri que era poetisa, quando percebi que amor rima com dor, não só na realidade como no papel também. Então comecei a escrever para desabafar, completei a descoberta quando decidi falar das minhas paixões da mesma forma, tudo que me satisfaz.
Descobri que era letrista, quando escrevi uma poesia e brincando tentei canta-la, comecei a cantar sempre nos papéis desse dia em diante.
Descobri que era contista, quando decidi falar de acontecimentos reais e surreais no papel, conseguia me sentir no lugar das pessoas, até nas que eu somente inventava.
Descobri que minha linha de escrita era voltada para autoajuda quando mostrei uma obra para uma amiga e ela se emocionou, e disse: "Poxa, eu queria que alguém tivesse me dito isso antes, nos piores momentos que passei". Então pude começar a escrever para o bem, sempre.
Descobri a maior importância disso tudo no dia em que estava muito deprimida. Com cinco reais no bolso, decidi ir a uma papelaria e comprar um caderno pequeno de capa dura e duas canetas. Não imaginava que pudesse ficar radiante de felicidade com aquilo. Desta forma também percebi meu jeito simplista de ver a vida. Posteriormente, comecei a escrever sem parar, escrevi 80 obras em pouco tempo, não parava de vir idéias, era a primeira vez que me organizava dessa maneira, antes escrevia e largava em qualquer lugar. Não imaginava que fosse me trazer tanta paz um dia.
Foi escrevendo que aprendi a viver, foi vivendo que aprendi o que é escrever e antes de tudo isso, ao nascer, Deus me deu esse presente de escrever com a alma e poder levar conhecimento, alegrias e ajuda as pessoas.

Um comentário:

  1. Oi Bruna! Que lindo...me achei em suas palavras
    é isso mesmo
    me sinto tão feliz, que agradeço a Deus, qdo o mundo parece que está inteirinho de costas para mim, mas tenho à minha frente caneta e papel!
    Só quem sente pode compreender não é?
    Bjos

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