quinta-feira, 14 de junho de 2012

Apenas cansada

De você...
Não tenho carinho sem pedir
Amor, sem suplicar
Beijos sem precisar falar,
Nem calma quando a raiva ou tristeza gritar,

Com você...
Passo os meus dias olhando para a televisão,
Vivo somente olhando e não vivendo a paixão,
Corto o coração toda vez que espero de você,
Algo de bom,

De você...
Ouço a todo instante que nada está bom,
Que não é feliz, e que controlo tudo em vão,
Que sou grossa e estúpida,
Mas nunca diz que sempre estou ao seu lado com dedicação,

Com você...
Me esbaldo em solidão,
Vivo de esperanças, sem ideia de concretização,
Sonho acordada, porque entre viver e fantasiar é melhor dormir,
As vezes tapo os ouvidos para não precisar te ouvir,

Que...
Eu não faço nada por você,
Não deixo você ser livre,
Que sempre estou cobrando algo,
Que não te aceito assim como você é, que você não vive,

Então...
Me pergunto o porque ainda estou do seu lado,
Me pergunto o porque o amor me deu esse fardo,
De amar e não ser amado,
Me contentando com um pocado de alguma coisa. 

Por fim...
Em um cansaço infinito persisto,
Na humildade e nobreza de um pobre escritor,
Encarando a dura pena do amor,
Que a vida me sentenciou, sem ao menos eu falhar

Não sei quando, mas sei que um dia irá acabar a dor
E quem sabe o amor renasça em ti, me dando valor
Ou em outra pessoa, renovando o amor
Só desejo que seja diferente, sem dor.




segunda-feira, 4 de junho de 2012

O que nos motiva a sermos “nós mesmos”


Quando você estende a mão para alguém, querendo ajudar, é considerado “bobo”.
Quando nega ajuda a alguém que está precisando, é considerado uma pessoa ruim.
Quando você começa a sonhar e se dedicar a realização de seus sonhos, pode ser chamado de egoísta escondido ou na cara.
Quando você não sonha, não tem objetivos, é um “zé ninguém”.
Quando você entra para uma religião, alguns te chamam de fanático.
Quando não tem uma, mesmo acreditando em Deus, já é considerado ateu.
Quando é desconfiado, já pensam que é porque tá escondendo o jogo.
Quando confia em todos, você é chamado de bobão.
Quando está feliz porque ganhou na loteria, premiação no trabalho ou um carro, dizem que você está se sentindo.
Quando não ganha nada é um pobre coitado.
Quando vive namorando, nunca solteiro, é corno.
Quando vive solteiro, vai ficar pra “titia”.
Quando sai pra beber uma cerveja todos os dias depois do trabalho para relaxar, é um viciado.
Quando fica em casa demais é um nerd, não sabe aproveitar a vida.
Quando fala na cara o que pensa, dizem que é grosso e estúpido.
Quando não fala nada que vem na mente, é falso.
Quando você segura demais o dinheiro e se priva de certos privilégios é um “mão de vaca”.
Quando gasta dinheiro demais é um irresponsável.
Quando tenta ser todo certinho, e recebe elogios pode ser invejado.
Quando não está nem aí para acertar, e vive a vida livremente também é invejado.
Quando tenta equilibrar as “coisas” para não ser julgado demais, passar desapercebido, chega sempre um e diz que com esse jeito não vai a lugar algum.
Tudo que fizer nessa vida é motivo de julgamento e opiniões alheias, faça somente o que lhe agrada e tire suas próprias conclusões.  

O momento mulher “TPM”


Tensão pré menstrual,
Tensão pós menstrual,
Antes, depois e sempre. Qual mulher não vive seus dias de fúria. Aqueles dias que dá vontade de gritar, correr sem rumo, ficar sem fazer nada, até “curtir a fossa”, dias que a coragem antes incubada por princípios moralistas, transbordam sobre a língua afiadíssima, a ponto de magoar o tempo todo as pessoas, de vez em quando alguém em específico, aquele que pegamos pra “crucificar. Todos os homens conhecem esse momento ultra feminino, destacado pelo poder de ira que pode existir dentro de uma mulher e pela flexibilidade magnífica de um humor inconstante e irônico que vive nelas nesse período, embora conheçam, não compreendem, nem nós mulheres conseguimos compreender permanentemente a TPM em outras mulheres.
Ao olharmos a história da mulher, passando por inúmeras gerações, não veremos somente beleza, delicadeza e vaidade. Veremos muito sofrimento, anulação, privações e injustiça também. Nenhuma mulher só trabalha, ou só cuida do marido, ou cuida só dos filhos ou de sua própria liberdade e individualidade. A mulher tem o dom de fazer tudo isso ou mais em somente um dia. Como se ela guiasse um espaço inteiro em volta dela mesma, um mundo que ela criou. Levando em conta estes traços da história de nossas raízes, ao que conseguimos exercer hoje, posso afirmar, que a medonha TPM é o momento em que exploramos a atitude contida em nós, porque podemos expressar. O momento em que os homens nos obedecem sem pestanejar. É o direito de nos apresentarmos como “mulher” sem medo do que irão pensar, porque estamos na TPM e ninguém pode nos desafiar.  

domingo, 3 de junho de 2012

Uma carta para a solidão


Ôh solidão, porque me segue e me chama pra brindar, não quero teu aconchego, nem sossego em todo momento como quer me dar, adoro quando me visita, quando minha mente precisa refletir, pensar. Mas não posso viver com você a cada segundo, minha vida se tornaria um vazio profundo onde não sentiria prazer em estar. É difícil te agradecer e ao mesmo tempo te rejeitar, mas cada coisa no seu lugar, não posso viver para te corresponder e me lamentar. Vida precisa de vida, assim como você precisa do silêncio, a dor do lamento e o calor do vento. É triste, mas só posso te responder com silêncio, o mesmo que te rega, te faz viva. Espero que tua resposta ao meu apelo sincero seja "Vá, e de vez em quando me deixe lhe visitar". Não quero lhe deixar aborrecida, porque sempre foi fiel e amiga, como em várias noites que me deu a chance de poder refletir sobre mim e os acontecimentos, me deu a oportunidade de me equilibrar. Esta não é uma carta de despedida, é uma carta escrita com muito carinho lhe pedindo um tempo, não há espaço para pensar, necessito agir, para depois voltar a lhe encontrar. Vou viajar ao encontro da liberdade e atitude, já é hora, não posso esperar. Assim como me ajudou e ajuda, elas também vão me ajudar, me ensinando a arriscar e continuar a caminhar.

Até mais...

Um alguém solitário