quinta-feira, 22 de março de 2012

O "tanquinho 2"

Enquanto lavava as roupas, escutava um barulho estranho, pensei "Será que ele está indo embora?". Tentei puxar algumas roupas que estavam sendo lavadas, para achar o problema, como a esperança de que não seria nada, mas ele continuava fazendo o barulho. Desesperada com medo de perder o honorável tanquinho, apalpei a cadeira que estava atrás de mim em busca de sentar para relaxar e pensar no que estava acontecendo, o que poderia estar ocasionando. Fiquei alguns minutos na mesma posição de cabeça baixa e pensando "o que será de mim sem meu amigo". Em um piscar decidi me levantar e me conformar com a perda precoce do meu fiel amigo. Fui até as outras pessoas que estavam em casaMaria Lúcia Bosco e Gabriela Rodrigues de Oliveira para avisar sobre seu estado. E voltei a cozinha para retomar as tarefas. Quando terminou a lavagem, comecei a me despedir dele em pensamento, retirando as roupas e espremendo-as lentamente. Depois de estende-las coloquei a mangueirinha no ralo para descer a água e retornei a fazer as tarefas, depois de um tempinho voltei para limpa-lo e tive um surto de euforia. Vi moedinhas no fundo dele. Elas que estavam fazendo o barulho. Isso exemplifica a teoria de realismo que muitos confundem com pessimismo, exemplo pequeno e simples que mostra a capacidade de entender a perda provável em geral e saber lidar com ela, esperando o melhor, claro. Nesse caso a melhor das expectativas reinou, ele não "bateu as botas", continuou a "dançar com elas".

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