Analisando de forma extensa o tempo, deparei-me com a estranha concepção de que as experiências são sinônimas de medo, e vice e versa. Ter medo não é somente abdicar de uma decisão, ou esquivar-se de possíveis consequências. Quando passamos por experiências de qualquer forma, tanto ruins quanto boas, entendemos os pontos negativos e os positivos de qualquer situação automaticamente, o que nos faz preparados para outras situações, onde claramente em nosso consciente estará o lado negativo arquivado, para que o mesmo não seja escolhido em hipótese alguma. Sendo que embora situações parecidas aconteçam frequentemente, o resultado das escolhas, opções, decisões nunca é o mesmo, porque as pessoas são diferentes, como em um baile que a música é a mesma, o local é o mesmo, porém no passar dos anos as gerações vão mudando e os passos da dança também. Desta forma, os componentes da situação são capazes de mudar toda a história, marcando a diferença a cada momento acontecido. Só que o consciente não apaga o lado negativo, perdura por muito tempo, no popular se chama experiência. Pessoas experientes, que passaram por diversas situações em suas vidas onde aprenderam muito, em sofrimentos e em vitórias também, profundamente são pessoas amedrontadas e precavidas ao extremo. Conforme aumenta esse medo interno com nome de experiência, menos viva a pessoa se sente, ou seja, o medo que causa a precaução é bom quando se é equilibrado, quando se estende mais do que o devido, se torna devorador do tempo. Encurtando as próximas experiências, por medo de vive-las.
As melhores lembranças de um ser humano são exatamente até a fase jovem, precisamente até o período que se começa a experimentar muito, e ter pouco sucesso. Porque antes a experiência como era pouca não fazia tanto efeito, o medo não era evidente e nem fazia alarde. A coragem nessas fases são intensas e alegres, nada obscuras como o medo é.
A batalha mais cruel e difícil que o ser humano não consegue vencer desde sua origem é o equilíbrio, que o faria satisfeito e sábio, não somente experiente (medroso).
Oi Bruna, mais um texto lúcido, coerente e reflexivo...o caminho do meio deveria ser o ideal de todo ser humano, mas não sei se tantos têm a consciência disso. Medo nao combina com experiências...medo engessa, e para experimentar é preciso se jogar; vale colocar uma redinha de proteção, mas...tem que se lançar. E como vc bem disse experiências são mto pessoais, cada um tem um olhar sobre elas, e é isso que faz a vida ficar interessante, essas nuances de cada olhar sobre cada erro e cada acerto. Bjos
ResponderExcluir